O que é Design de Mídia Digital? Bem, eu não sei dizer exatamente uma resposta direta, mas posso dizer que se trata de comunicação. Durante esse curso muitas formas de se comunicar são ensinadas, como por exemplo: através de animações, jogos, peças gráficas, etc. No Capítulo 5, A Comunidade, do livro 21 lições para o século 21, Yuval Noah Harari traz uma reflexão sobre a rede social do Facebook e as relações pessoais.
Com a evolução da tecnologia, a autora defende que as comunidades humanas têm sofrido uma grande desintegração, e eu concordo com ela. Acredito que muitas de nossas relações do dia a dia tem sofrido com essa necessidade constante de se estar online. Como apresentado no texto, o Facebook surgiu para poder reconectar as pessoas, utilizando como ferramenta a criação dos grupos. Até hoje eu utilizo principalmente o Facebook por causa dessas comunidades, elas são muito interessantes e amplas, com vários temas e objetivos. Por exemplo, por me interessar sobre assuntos de Artes e design, estou inserida em vários grupos com esse tema. Lá eu possuo uma liberdade de me expressar, postar minhas produções e desenvolvimentos.
Também é comentado no texto sobre a inteligência artificial que o Facebook adotou para plataforma, acredito que com o passar dos anos ela tenha evoluído muito desde sua criação. Como experiência própria, muitos dos grupos que participo foram indicados para mim por meio da IA, e na maioria das vezes, foram essas indicações que me instigaram a participar da comunidade. Sendo usado de forma equilibrada, essa interação com diversos artistas, por exemplo, é muito importante para o nosso próprio crescimento pessoal. Porém, usada de forma excessiva, pode acarretar problemas como insegurança e medo da não aprovação. No começo o Facebook tinha apenas a reação de like, agora se tem no total 7 reações, sendo elas: O like, o amei, a força (esta teoricamente uma reação por tempo limitado), o haha, o uau, o triste e o grr. Se antes com apenas o like as pessoas já sentiam uma pressão para conseguir determinado número de curtidas, tendo mais reações, as pessoas buscam cada vez mais atingir uma meta ou um sentimento específico. Por exemplo, os famosos memes se tornam bons se atingirem maior número de hahas do que o número de curtidas ou de qualquer outra reação.
Com a ascensão do Instagram, também propriedade do Mark Zuckerberg, uma grande parte dos usuários do Facebook migraram para sua nova plataforma. De forma semelhante, o Instagram tem como objetivo o compartilhamento de experiências pessoais, mas difere do Facebook em relação às grandes comunidades. De um ponto de vista pessoal, acredito que o problema do estar online X offline e a grande necessidade de aprovação por meio de likes, no caso coraçõezinhos, recai de uma forma muito mais pesada em cima dos usuários do Instagram, isso sem querer me aprofundar muito numa crítica ao próprio algoritmo do Instagram ou a imagem perfeita que as pessoas tendem a querer passar.
Agora voltando ao início, com relação ao Design de Mídia Digital e o conceito que estabeleci de comunicação, acredito que as redes sociais vieram de fato para ajudar a restabelecer conexões humanas que já foram perdidas e permitir mais facilmente a criação de novas. Contudo, é importante destacar que tudo precisa ser feito de uma forma equilibrada e saudável. Se ver pressionado a fazer algum tipo de arte para poder postar no Instagram apenas pelo desejo de ter uma aprovação e corações, não fará bem para ninguém. Pensar no lado positivo ajuda a tirar um pouco esse fardo, por exemplo, poder conversar com alguém que mora do outro lado do mundo ou até mesmo aquele amigo que mora na mesma cidade que você mas que por causa de uma pandemia vocês não se veem há mais de 2 anos.
Em resumo, assim como muitas coisas na vida, o equilíbrio nas redes sociais se faz muito necessário. As vezes eu mesma me sinto encurralada pela importância que várias empresas ou comunidades dão ao número de seguidores que você tem no Instagram, e isso é muito frequente, não só comigo, mas com grande parte dos artistas. Impossível apresentar uma solução concreta de como se livrar dessa pressão, porém, acredito que um bom primeiro passo seria entender o que de fato você quer transmitir e comunicar para as pessoas que realmente se importam e que gostam do seu trabalho.
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